Friday, February 8, 2008

Açúcar contra cáries e outras infecções

Criado verniz com substância encontrada em frutas que prejudica crescimento e virulência de bactérias
Um verniz dentário que libera xilitol pode ser a nova arma contra cáries e infecções de vias aéreas superiores. Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo (FOB/USP), criaram o produto a partir do xilitol, um tipo de açúcar encontrado em algumas frutas, como morango e amora, e que impede o crescimento de bactérias da cavidade bucal.
No verniz dentário com xilitol, essa substância é liberada aos poucos, de forma que sua ação antibacteriana seja mantida constante.
“O xilitol, por ser um açúcar não-fermentável, não consegue ser metabolizado pelas bactérias, prejudicando seu crescimento e sua virulência”, explica a fonoaudióloga Agnes de Fátima Faustino Pereira, autora de uma tese de mestrado sobre as propriedades do açúcar em relação a ouvidos e dentes. A substância já é usada em chicletes anticáries. No entanto, para fazer efeito, devem ser mascados cinco chicletes por dia durante 15 minutos, o que inviabiliza sua utilização terapêutica. Pereira afirma que no verniz dentário, ao contrário das gomas de mascar, o xilitol é liberado aos poucos e sua ação antibacteriana consegue ser mantida. “O verniz com 10% de xilitol foi o que liberou, nos testes em laboratório, maiores concentrações do açúcar em períodos de tempo mais longos (por até 72 horas após a aplicação)”. Segundo a fonoaudióloga, o uso do xilitol como alternativa de prevenção contra bactérias causadoras de cárie dentária e de infecções respiratórias possibilitará a redução de gastos do governo com tratamentos dentários e antibióticos. Antes de ser comercializado, o verniz deve passar por estudos clínicos para comprovação de sua eficácia em humanos. O produto está em processo de patenteação pela USP, mas Pereira ressalta que o objetivo é disponibilizá-lo para a população.

A Redação
Ciência Hoje/RJ

A emenda pior que o soneto

A Emissão indireta de CO 2 na produção de biocombustíveis pode levar séculos para ser compensada
O ritmo do desmatamento na Amazônia voltou a aumentar depois de três anos, devido à pressão por novas terras para o cultivo de soja e para a criação de gado (foto: Wetlands International). Um tiro pela culatra: assim pode ser considerada a derrubada da Amazônia para o cultivo de soja voltado para a produção de biodiesel. A quantidade de gás carbônico emitida pela conversão da floresta tropical em terras agricultáveis pode levar até 320 anos para ser compensada pelos benefícios ambientais do uso desse biocombustível. O cálculo, divulgado esta semana na revista Science, é um balde de água fria para o Brasil, que se orgulha da sua posição de destaque no mercado mundial de biocombustíveis. A estimativa foi feita pela equipe de Joseph Fargione, da ONG norte-americana The Nature Conservancy [Conservação da Natureza]. Os cientistas calcularam a ‘dívida de carbono’ provocada pela conversão de ecossistemas naturais em áreas para cultivo das principais lavouras usadas na produção de biocombustíveis no mundo. A conclusão é clara: a derrubar trechos de vegetação nativa para produzir etanol e biodiesel, mais vale continuar usando combustíveis fósseis. O cálculo foi feito poucos dias depois da divulgação do aumento dos índices de desmatamento na Amazônia, após três anos sucessivos de redução. Estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que foram derrubados cerca de 7 mil km 2 de floresta entre agosto e dezembro de 2007. A inversão dessa tendência tem sido atribuída principalmente à derrubada da mata para a criação de áreas para lavouras de soja e para pastagens. Desde o dia 1º de janeiro, a mistura de 2% de biodiesel ao diesel convencional é obrigatória em todo o país – a proporção deve aumentar nos próximos anos. Embora parte do biodiesel usado para essa mistura seja produzida a partir de mamona e outras espécies cultivadas em esquema de agricultura familiar, a principal matéria-prima desse biocombustível é a soja cultivada em regime de monocultura em grandes propriedades. Dívida de carbono Os benefícios ambientais do uso de biocombustíveis costumam ser calculados a partir do CO 2 absorvido pela lavoura usada como matéria-prima – esse carbono seqüestrado da atmosfera compensaria aquele emitido pela queima do combustível. No entanto, esse cálculo não leva em conta a vegetação nativa que ocupava aquela área antes que ela fosse convertida em terras agricultáveis. Esses ecossistemas armazenavam toneladas de carbono, lançadas na atmosfera com a sua derrubada.
Queima de florestas tropicais de turfa na Indonésia para o plantio de dendê, voltado para a produção de biodiesel. O prazo para a 'quitação' da 'dívida de carbono' provocada pela conversão desse ecossistema é de 420 anos (foto: Wetlands International). "A conversão de hábitats nativos em áreas de cultivo libera CO 2 devido à queima ou à decomposição microbiana do carbono orgânico armazenado na biomassa vegetal e nos solos", explica a equipe de Fargione no artigo da Science. "Após uma liberação rápida devido ao fogo usado para limpar a terra ou pela decomposição das folhas e raízes finas, há um período prolongado de emissão de gases do efeito-estufa à medida que as raízes grossas e os galhos se decompõem e que os produtos da madeira se decompõem ou são queimados." O time de Fargione calculou a ‘dívida ambiental’ provocada pela conversão de seis ecossistemas em lavouras, durante os 50 anos seguintes à derrubada dessa vegetação nativa. O biodiesel feito com a soja cultivada na Amazônia só perde para o biodiesel de dendê plantado em áreas de florestas tropicais de turfa na Indonésia e na Malásia, que pode gerar uma ‘dívida de carbono’ que levaria até 420 anos para ser ‘quitada’. A ‘dívida de carbono’ associada à conversão do cerrado em lavouras de soja, para a produção do biodiesel, e de cana-de-açúcar, para a produção do etanol, também foi calculada. O ‘prazo de quitação’ da dívida é, respectivamente, de 37 e 17 anos – ou seja, este é o tempo necessário para que o uso desses biocombustíveis comece de fato a ser vantajoso para o meio ambiente. Os dois casos foram os menos preocupantes dos seis analisados pelos pesquisadores. Diante do alarme, os autores do estudo são taxativos. "Ao converter a terra para a produção de biocombustíveis, estamos talvez promovendo não intencionalmente alternativas piores do que os combustíveis fósseis que elas deveriam substituir", afirmou à imprensa Jimmie Powell, pesquisador da Nature Conservancy. Os autores do estudo destacam que a produção de biocombustíveis deve valorizar o uso de rejeitos da biomassa como matéria-prima – como o bagaço da cana, já usado em escala experimental para a produção de etanol no Brasil – ou o cultivo em terras degradadas ou abandonadas.

Bernardo Esteves Ciência Hoje On-line 07/02/2008

Wednesday, February 6, 2008

Características de alguns produtos que vão para o lixo

Papel ondulado(cartonado)

É lixo seco
Utilizado em caixas para transporte de produtos para indústrias, depósitos, escritórios e residências.
Mais conhecido como papelão, tem uma camada intermediária externa de papel, com ondulações, na forma de uma sanfona.

Por que reciclar?

O papel ondulado de fácil coleta em maiores volumes comerciais, e possui um custo de processamento relativamente baixo

Embalagens longa vida

É lixo seco

Compostas de dupléx, polietileno e alumínio
Precisam ser lavadas após o consumo, pois os restos que ficam no material dificultam o seu reprocessamento
As embalagens podem ser amassadas antes de jogadas no lixo, aumentando o espaço da lixeira

Por que reciclar?

O papel existente nestas embalagens pode ser compostado para a produção de húmus para usar em hortas e jardins

Embalagens PET

É lixo seco
Compostas por polietileno tereftalato
Por que reciclar?

Sua reciclagem, desvia o lixo plástico dos aterros e utiliza apenas 30% da energia necessária para a produção da resina virgem
O PET pode ser reciclado várias vezes sem prejudicar a qualidade do produto final.
O plástico reciclado se transforma em material de costura, carpetes, bandejas de frutas e novas garrafas.


Plástico rígido

É lixo seco

Compõe cerca de 60% das embalagens plásticas- garrafas de refrigerantes, sucos, produtos de limpeza e higiene e potes de alimentos

Por que reciclar?

É matéria-prima básica de fibras têxteis, tubos e conexões, eletrodomésticos, calçados, utensílios domésticos como baldes e outros produtos.
O plástico rígido pode ser reprocessado, para gerar novos artefatos plásticos e energia.

Pneus

É lixo seco, entregue para o borracheiro
Por que reciclar?

A reciclagem da borracha devolve ao processo de produção o insumo regenerado por um preço menor que a metade do custo da borracha natural ou sintética
O seu aproveitamento também economiza energia e petróleo utilizado como matéria-prima virgem, além de melhorar as propriedades de materiais feitos com o material borracha.

Latas de alumínio

É lixo seco
Por que reciclar?

Reciclar esse material diminui o lixo dos aterros e também possibilita significativo ganho energético(cada latinha reciclada corresponde ao consumo de um aparelho de TV durante 3 horas)
A reciclagem evita a extração mineral da bauxita(usado para a fabricação da alumina, que é transformada em liga de alumínio)



Latas de aço
É lixo seco

Por que reciclar?

Permite que o aço volte ao mercado em forma de automóveis, ferramentas, vigas para construção civil, arames, vergalhões, utensílios domésticos e novas latas.


Vidro

É lixo seco, separe na lixeira enrolado em jornal
Por que reciclar?

É fácil reciclagem, podendo voltar a produção de novas embalagens para substituir o produto virgem com total aproveitamento da qualidade


Para saber sobre outros materiais clique aqui e pergunte ao IBPS

fonte:http://www.ibps.com.br/index.asp?idmenu=&Idnoticia=3914

Monday, February 4, 2008

O PROTOCOLO DE QUIOTO (KYOTO)

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC.
Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.
Por ele se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).
A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:
Reformar os setores de energia e transportes;
Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4ºC e 5,8ºC até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

Fonte: Wikipedia

AQUECIMENTO GLOBAL

http://www.youtube.com/watch?v=fax3sDzr2hs

Um elo na evolução dos crocodilos

Animal que viveu há 80 milhões de anos é forma intermediária entre espécies primitivas e atuais
O Montealtosuchus arrudacamposi vivia em um ambiente de clima árido e quente e tinha que se deslocar com agilidade em busca de suas presas (ilustração: Deverson da Silva - clique p/ ampliar).
Fósseis de uma nova espécie de crocodilomorfo podem esclarecer uma parte até então obscura da história evolutiva desses animais. O Montealtosuchus arrudacamposi, que viveu há cerca de 80 milhões de anos, durante o período Cretáceo Superior, tem características morfológicas intermediárias entre as formas pré-históricas e atuais de crocodilos. O novo crocodilomorfo brasileiro foi descrito a partir de três esqueletos quase completos e bem preservados. Os ossos foram encontrados em Monte Alto, interior de São Paulo, por pesquisadores do Museu de Paleontologia da cidade e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Essa descoberta pode projetar a paleontologia brasileira a níveis internacionais, pois irá reescrever a história da evolução dos crocodilos”, destaca o geólogo Ismar de Souza Carvalho, professor do Departamento de Geologia da UFRJ e coordenador do projeto. Antes, crocodilomorfos primitivos e atuais formavam grupos com características muito distintas. A classificação da nova espécie como uma forma intermediária de crocodilomorfo baseou-se em análises de seu crânio. O formato do palato e a articulação entre crânio e mandíbula revelam aspectos pertencentes a uma categoria de transição no processo evolutivo desse grupo. O M. arrudacamposi foi considerado um animal atípico, pois se diferencia muito dos jacarés e crocodilos atuais. Ele pesava cerca de 40 kg e media entre 1,30m e 1,70m de comprimento. As pernas longas e os olhos dispostos na lateral da cabeça indicam que se tratava de um predador com hábitos totalmente terrestres. O formato de seus membros demonstra que o animal se deslocava com destreza em terra firme, ao contrário dos exemplares de hoje em dia. Ele apresentava ainda placas dérmicas em seu dorso como forma de proteção. Segundo os pesquisadores, o animal viveu em ambientes de clima sazonal, com longos períodos de seca e chuvas torrenciais esparsas, que formavam rios temporários. O M. arrudacamposi dividia essa paisagem com dinossauros de grande porte, tartarugas aquáticas e outros crocodilomorfos terrestres.
O animal passou por um processo de reconstituição digital, do fóssil a um modelo virtual em três dimensões, a partir de tomografias de seu crânio (arte: Rodolfo Nogueira).
Técnicas pioneiras de análise Para a descrição da nova espécie, publicada na edição de outubro do periódico Zootaxa, foram usadas técnicas pioneiras de análise dos fósseis. Segundo o geólogo Felipe Mesquita de Vasconcellos, aluno de doutorado da UFRJ e membro da equipe, a pesquisa empregou tecnologia digital e tomografia para a construção de um modelo virtual tridimensional do M. arrudacamposi. “Com essas técnicas, podemos perceber o formato interior da caixa craniana e da estrutura muscular do animal”, afirma Vasconcellos. “Além disso, o formato do palato nos dá uma idéia da força de sua mordida.” A cidade de Monte Alto é conhecida por ser um importante sítio paleontológico. A região está assentada sobre rochas da bacia Bauru e é rica em fósseis de animais do período Cretáceo, desde invertebrados, como moluscos, até vertebrados de grande porte. O nome Montealtosuchus arrudacamposi é uma homenagem ao município de Monte Alto e ao professor Antônio Celso de Arruda Campos, atual diretor do Museu de Paleontologia de Monte Alto e um dos primeiros a encontrar os fósseis.

Igor Waltz Ciência Hoje On-line 01/02/2008

INSEGURANÇA ALIMENTAR À VISTA

Mudanças climáticas podem reduzir disponibilidade de comida em certas regiões do mundo até 2030
A produção de arroz em toda a Ásia será provavelmente afetada pelas mudanças climáticas. Na foto, campos de arroz em Bali, Indonésia (fotos: Marshall Burke).Os sistemas agrícolas serão seriamente afetados pelo aquecimento global nas próximas décadas. Se nenhuma medida de adaptação for tomada, até 2030 o aumento das temperaturas e o declínio das chuvas em regiões do planeta que sofrem com a insegurança alimentar provavelmente reduzirão a produção de cultivos essenciais para as populações dessas áreas, o que pode diminuir ainda mais a disponibilidade de comida. Segundo estudo norte-americano publicado esta semana na Science, o sul da Ásia e a África meridional são áreas particularmente vulneráveis à escassez de alimentos. No Brasil, as mudanças climáticas devem ter impactos negativos sobre a produção de trigo, arroz, milho e mandioca. “É provável que a soja também seja afetada negativamente no Brasil, embora em menor medida”, diz à CH On-line um dos autores do artigo, David Lobell. “Já a cana-de-açúcar não deve ser prejudicada”, completa o pesquisador, vinculado ao Programa de Meio Ambiente e Segurança Alimentar da Universidade de Stanford e ao Laboratório Nacional Lawrence Livermore, ambos nos Estados Unidos. O grupo analisou os impactos das mudanças climáticas sobre os cultivos mais importantes nas 12 principais regiões do mundo que abrigam grande quantidade de pessoas com fome – muitas delas localizadas em zonas tropicais e subtropicais. A análise baseou-se em estatísticas de cultivo e projeções climáticas para o ano de 2030 geradas por 20 modelos diferentes, que apontam aumento de temperatura de 0,5ºC a 2ºC nessas regiões e resultados variados quanto ao volume de chuvas. A avaliação revelou algumas projeções negativas, por exemplo, para o milho e o trigo na África subsaariana, com estimativa de pelo menos 95% de chance de que as mudanças climáticas prejudicarão a produção agrícola na falta de medidas de adaptação. Em muitos casos, há grandes incertezas: os impactos variam desde muito negativos a muito positivos, como o amendoim no sul da Ásia e o Sorghum (gênero que inclui 20 espécies de gramíneas) na África meridional. Também existem exemplos de cultivos que sofreriam impactos menores, como o trigo no oeste da Ásia.
O trigo (na foto), o arroz, o milho e a mandioca estão entre os sistemas agrícolas que sofrerão impactos negativos no Brasil devido ao aquecimento do clima e à diminuição das chuvas.Ameaça clara “Apesar das muitas suposições e incertezas associadas com os cultivos e modelos climáticos usados, a análise aponta para muitos casos em que a segurança alimentar é claramente ameaçada pelas mudanças climáticas em um prazo relativamente curto”, dizem os autores no artigo. Segundo eles, o estudo identifica áreas prioritárias de preocupação, para que se invista em medidas de adaptação para moderar a severidade dos impactos das mudanças climáticas sobre os sistemas agrícolas. O emprego de fertilizantes, o melhoramento de sementes e o uso mais adequado da terra estão entre as ações que podem ser implementadas. “Há muitas outras opções de adaptação, e a maioria delas faz sentido mesmo sem as mudanças climáticas”, acrescenta Lobell. “Alguns exemplos seriam desenvolver variedades mais tolerantes ao aquecimento e à seca, melhorar o manejo dos cultivos agrícolas e diversificar as fontes de renda dos fazendeiros“, enumera.

Fonte:http://cienciahoje.uol.com.br/

AQUECIMENTO GLOBAL

A locução aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o corrente século. Se este aumento se deve a causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) ainda é objeto de muitos debates entre os cientistas, embora muitos meteorologistas e climatólogos tenham recentemente afirmado publicamente que consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno. O Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC - (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente[1] diz que grande parte do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito provavelmente a um aumento do efeito estufa, causado pelo aumento nas concentrações de gases estufa de origem antropogênica (incluindo, para além do aumento de gases estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas subterrâneas e de solo para a agricultura industrial e a um maior consumo energético e poluição).
Fenômenos naturais tais como variação solar combinados com vulcões provavelmente levaram a um leve efeito de aquecimento de épocas pré-industriais até 1950, mas um efeito de resfriamento a partir dessa data.[2][3] Essas conclusões básicas foram endorsadas por pelo menos 30 sociedades e comunidades científicas, incluindo todas as academias científicas nacionais dos principais países industrializados. A Associação Americana de Geologistas de Petróleo,[4][5] e alguns poucos cientistas individuais não concordam em partes.[6]
Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100.[7] A variação dos valores reflete no uso de diferentes cenários de futura emissão de gases estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de que a maioria dos estudos tem seu foco no período de até o ano 2100, espera-se que o aquecimento e o aumento no nível do mar continuem por mais de um milênio, mesmo que os níveis de gases estufa se estabilizem.[8] Isso reflete na grande capacidade calorífica dos oceanos.
Um aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras alterações, incluindo aumento no nível do mar e em padrões de precipitação resultando em enchentes e secas[9]. Podem também haver alterações nas freqüências e intensidades de eventos de temperaturas extremas, apesar de ser difícil de relacionar eventos específicos ao aquecimento global. Outros eventos podem incluir alterações na disponibilidade agrícola, recuo glacial, vazão reduzida em rios durante o verão, extinção de espécies e aumento em vetores de doenças.
Incertezas científicas restantes incluem o exato grau da alteração climática prevista para o futuro, e como essas alterações irão variar de região em região ao redor do globo. Existe um debate político e público para se decidir que ação se deve tomar para reduzir ou reverter aquecimento futuro ou para adaptar às suas conseqüências esperadas. A maioria dos governos nacionais assinou e ratificou o Protocolo de Quioto, que visa o combate à emissão de gases estufa.


Fonte Wikepedia